Mensagem de natal

ESTRELA DE PRIMEIRA GRANDEZA!
Aqueles dias eram semelhantes aos atuais.
Os valores éticos encontravam-se pervertidos pelo poder temporal dos dominadores transitórios do mundo.
A sociedade estorcegava nas aflições decorrentes da prepotência de uns, da perversidade de outros, da ignorância da grande maioria.
Louvava-se a força em detrimento da razão.
Cantavam-se hinos à glória terrestre com desprezo pelos códigos morais propiciadores de dignidade.
As criaturas submetiam-se às injunções das circunstâncias, tentando sobreviver à tirania dos governantes que mudavam de nome e prossseguiam com as mesmas crueldades.
Saía-se de um para outro regime de ignomínia e insânia com a mesma naturalidade.
Tudo era lícito, desde que apoiado na governança arbitrária que se impunha.
O monstro das guerras contínuas devorava os povos mais fracos, que eram submetidos à escravidão e à morte.
A traição e a infâmia davam-se as mãos em festival de hediondez.
Embora Roma homenageasse os artistas, os poetas, os filósofos que iluminavam o século de Otávio, prestigiava com destaque os espetáculos sórdidos a que se atiravam o patriciado e o povo sedentos de prazer e de loucuras.
Os seus domínios estendiam-se por quase todo o mundo conhecido, embora temida e detestada.
As suas legiões estavam assentadas nas mais diferentes regiões da Terra, esmagando vidas e destruindo esperanças.
O Sol nunca brilhava no planeta sem que estivesse iluminando uma possessão do império invencível.
Havia grandeza em toda parte e miséria abundante ao seu lado, competindo vergonhosamente.
*
Mas hoje também é assim.
As glórias da inteligência e do conhecimento, da ciência e da tecnologia confraternizam com a decadência da moral e dos valores de enobrecimento humano.
O terrorismo e a guerra encontram-se por toda parte, destruindo vidas e civilizações.
O planeta aquecido e desrespeitado agoniza, experimentando a própria destruição imposta pelos seus habitantes insensatos, embora poderosos...
Os idealistas que amam e os apóstolos do Bem que trabalham pela renovação da sociedade, quando não desconsiderados, são tidos por dementes e alucinados.
Enquanto isso, a soberba, a mediocridade, a astúcia tomam conta das multidões que desvairam, impondo os seus códigos de valores perversos que logo são aceitos pelas legiões de criaturas sem norte, destituídas de consciência moral.
Há também, é certo, almas grandiosas que lutam com acendrado amor e sacrifício, a fim de modificar as ocorrências danosas, tentando implantar novos significados psicológicos direcionados à felicidade, mas que são insuficientes para vencer os múltiplos segmentos da sociedade em desconserto.
Admira-se o Bem, mas pratica-se o Mal.
Preconiza-se a saúde e estabelecem-se programas de desequilíbrio emocional, geradores das doenças de vário porte.
O futuro glorioso, decantado pelas conquistas invulgares da modernidade, está sombreado pelo medo, aturdido pela ansiedade e caracterizado pela solidão dos indivíduos que constituem a mole humana.
Naqueles dias difíceis, na Palestina sofrida e submetida às paixões de César e aos caprichos de Herodes, o Grande, nasceu Jesus.
Estrela de Primeira Grandeza, que é Jesus, surgiu na noite das estúpidas e escuras ambições dos povos, para iluminar as consciências e despertar os sentimentos de humanidade, como dádiva de Deus respondendo às súplicas dos humilhados e esquecidos.
Passaram os tempos, foram sucedidos os criminosos de então por outros não menos odientos e apesar disso, Sua luminosidade permanece até hoje.
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É certo que outros homens e mulheres, tão infelizes quanto aqueles do Seu tempo, procuraram dominar o mundo utilizando-se da Sua claridade, mas, desequilibrados, produziram mais trevas e aumentaram os volumes de dor.
O carro inexorável do Tempo continuou a sua marcha, avançando na direção de outros períodos, enquanto que os apaniguados do Mal, que se apresentaram nos espetáculos de luz, sucumbiram, vencidos pelos tormentos que escondiam nos tecidos da própria crueldade.
Ainda reina muita sombra na Terra. Mas amanhece dia novo.
A grande transição de mundo de provas e de expiações para mundo de regeneração, embora ainda assinale a presença do sofrimento e da desordem, do desrespeito pela vida e pela mãe-Terra, caracteriza a chegada de uma Nova Era, impossível de ser detida.
O Bem triunfará, sem qualquer dúvida, sobre o Mal.
A Verdade vencerá a mentira onde quer que se homizie.
A vida sobrepõe-se à morte, e a espiritualidade, por fim, reinará entre todos.
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Conforme sucedeu naqueles dias, Jesus encontra-se, novamente, entre as Suas criaturas, repetindo a sinfonia das bem-aventuranças, conclamando as massas ao despertamento, antes que se agravem as circunstâncias e ocorrências não desejadas.
O Consolador, que Ele prometera já veio e vence, com segurança, as barreiras impostas pela tirania e pelos indivíduos orgulhosos, vazios de sentimentos nobres, conquistando os corações e oferecendo-lhes esperanças de alegrias infindas.
Travam-se lutas acerbas em toda parte.
Os argonautas do amor nada temem e multiplicam-se sob a inspiração do Mestre, avançando, estóicos, no cumprimento do dever: renovar a humanidade através da própria transformação moral, que a todos permite neles ver a mensagem luminosa.
Sem dúvida, ainda predominam as trevas ameaçadoras, que a Estrela de Primeira Grandeza vem diluindo de maneira compassiva e misericordiosa.
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Faze a tua parte, sem preocupação com o trabalho dos outros.
Desincumbe-te do teu dever ante a consciência, servindo ao Consolador, mesmo que te encontres incompreendido e crucificado nas traves invisíveis da perversidade dos áulicos do egoísmo e dos seus servos.
No próximo Natal entoa o teu hino de amor, ajudando ao teu próximo, em memória da Estrela que veio à Terra, para que não mais permaneça a sombra.
Será ideal que todos os dias da tua vida sejam uma homenagem ao Aniversariante esquecido, mas triunfante da maldade humana e da morte que Lhe foi imposta, demonstrando que Ele prossegue contigo edificando o mundo melhor, sem excluídos nem abandonados à própria sorte, porque estará com eles, por teu intermédio, amando-os com enternecimento e carinho.
Joanna de Ângelis
(Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na noite de 15 de agosto de 2007, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.)

Guerreiros e Guerreiras de Deus

Como reagir, nas experiências de decepção com entes queridos e ante as desilusões da vida, de um modo geral.)Benjamin Teixeira (Eugênia).Tranqüilizem seus corações. Se alguém supõe estar incurso numa atividade ou situação que lhe exige mais do que pode dar ou suportar, é provável que a Divina Providência o tenha escolhido para uma experiência de crescimento maior, para uma vivência de expansão de seu psiquismo, em direção a novos parâmetros não só de intelecção, mas, principalmente, de sentimento. É muito comum, na condição humana, chegue-se a conclusões precipitadas, a partir de poucos dados, esquecendo-se de que uma circunstância, qualquer que seja, só pode ser compreendida em sua totalidade, quando avaliada em sua completude de elementos e aspectos constituintes. Tal falha de avaliação é mais freqüente, sobremaneira, quando o indivíduo jaz emocionalmente envolvido. Surgem, então, os clichês famigerados: “Esta pessoa não presta, aquela é mau-caráter; esta me despreza, aquel’outra não me entende como sou”. Quantas vezes, no mercado sinistro das projeções psicológicas recíprocas, os seres humanos se perdem numa “anticomunicaçã o”, porque existe, sim, uma comunicação, mas completamente truncada e distorcida, em relação aos verdadeiros conteúdos que subjazem às informações trocadas, seja verbalmente, seja por meio dos métodos não-verbais? Deste modo, meu estimado amigo, quando se sentir incurso na experiência da decepção com entes queridos, companheiros de trabalho e de ideal, entenda que talvez a ocorrência seja uma dádiva de Deus... Se a pessoa não demonstrou ser a amiga que supunha, talvez de fato nunca viesse a ser, conforme suas expectativas delineavam.Se, na esfera profissional, alguém não recebe a promoção que almejava, acalentada longamente, no circuito de seus projetos para o futuro, vendo, quiçá, assumir a função um companheiro que julgava menos preparado para tanto, bem provável que, logo mais, caso houvesse sido delegado para tal incumbência, descobrisse não ser a pessoa tão aparatada, como se considerava, para o desempenho dos deveres relacionados ao cargo, nem tampouco a experiência se revelasse tão feliz, como aguardava que fosse. Se, outrossim, no universo afetivo, você se vê à distância de seus sonhos, de seu ideal de felicidade, de uma pessoa específica com quem gostaria de partilhar amizade e intimidade (este campo tão eivado de mitos românticos e fantasias hollywoodianas) , nem imagina o tamanho e a quantidade dos tropeços que teria, caso houvesse concretizado seu projeto de ventura. Mais uma vez, quero reforçar, prezados amigos, não estamos na Terra a passeio, sejamos encarnados ou desencarnados, encontremo-nos no período intermissivo (entre vidas materiais) ou já mergulhados no retorno cíclico às experiências físicas, pelos corredores palingenéticos: estamos aqui a trabalho! Não devemos, portanto, nos surpreender, quando encontramos surpresas negativas, no percurso de nossas atividades, no desdobramento das tarefas que nos foram confiadas. Se percebemos naquele que víamos como anjo um temperamento complicado, permeado de confusões, estaremos, sem dúvida, passando pela grande vivência de focar o espírito de ideal, em confronto com a dura realidade de uma personalidade humana, naturalmente prenhe de limitações. Enquanto nos quedamos perplexos, ao notar que o outro não é tudo que gostaríamos, descobriremos nele ou nela o que mais precisávamos, principalmente em termos de estímulo ao crescimento interior, à auto-suficiência emocional e à fortaleza íntima, para realizar novas tarefas, novos programas de trabalho, de estudo e de desenvolvimento da própria personalidade e caráter. Estou muito satisfeita em encontrar, em seus corações e mentes, receptividade bastante para retornar, semana a semana, e gostaria de, se possível, deixar o último alvitre fraterno aos queridos irmãos em espírito, nesta grande assembléia de luz, aqui congregada: que nos dispuséssemos a agradecer a Deus – como cheguei a sugerir “en passant”, indiretamente, nas semanas transatas –, pela dádiva das dificuldades que nos amadurecem, fortalecem e expandem as percepções da alma...De modo algum, trata-se isto de uma apologética à dor – jamais incentivaríamos posturas masoquistas, seja no complexo de inferioridade ou no de culpa –, mas sim um convite a que tenhamos maturidade psicológica e apresentemos grandeza espiritual suficiente, para facear as dificuldades que nos surgem nos caminhos, (ou melhor seria utilizar um conceito mais forte:) para arrostar as adversidades da vida, ou seja: enfrentar, com espírito combativo, os problemas que nos são ofertados pela existência, no intuito de saltarmos o óbice externo, para que, em contrapartida, possamos transpor os obstáculos interiores. Gostaria de enxergar, nos queridos amigos-discípulos aqui reunidos, nesse grande banquete de esclarecimento e conforto, guerreiros e guerreiras, e não crianças carentes, pedintes de amparo, a aguardar socorro de fora, tão-somente, olvidando o poder da iniciativa pessoal e do trabalho contínuo em busca de materializar os próprios ideais. Muito me gratificaria vê-los como soldados de Deus e do Plano Sublime, a interpretar, em cada face sombria do destino, um ensejo-estímulo excepcional para que se galgue um patamar mais alto de consciência. Estou especialmente tocada, sobretudo, por esta vivência da busca de Deus, apesar das enfermidades dos homens e mulheres em torno de cada um dos aqui presentes, mas primacialmente dentro de vocês mesmos. Não se deixem paralisar, nesta atividade essencial, por motivo qualquer que seja, nem se permitam, assim, engendrar a desculpa indesculpável de fugir ao serviço de ascese, de melhoria íntima. Este combate permanente em busca da espiritualidade de Deus, no âmago de nós mesmos, não pode jamais sofrer solução de continuidade. Que vejamos esse constante burilar de nossas almas, nos confrontos contínuos do cotidiano, nos diversos departamentos de nossa existência, como sendo a grande oportunidade que nos é ofertada, para que não só nos fortaleçamos, mas sejamos mais felizes, porque nos tornando mais sábios. E neste momento final, lembro-os de que, apesar de estarmos sob a cobertura do manto acolhedor e magnânimo de Nossa Mãe Maria Santíssima, também somos diretrizados pelos princípios enérgicos de Nosso Senhor Jesus, que disse: “Não vim trazer a paz, mas a espada!”Nosso companheiro Emmanuel (*) utilizou, certa feita, a interpretação metafórica, a exegese do símbolo da cruz como sendo uma seta, apontando para o Alto, ou uma espada ensarilhada para baixo. Que façamos uso desta espada sublime no nosso serviço espiritual, colocando-a em riste, nas situações de dificuldade encontradiças em nossas vidas, e, destarte, jamais estaremos bloqueados, no terror característico às almas infantes. Queremos e devemos nos esforçar por ser adultos de verdade, e o adulto não reclama: age. Ajamos e nos faremos, indubitavelmente, indivíduos realmente amadurecidos psicologicamente, espiritualmente iluminados – que significa, não por acaso: “acordados”, para um grau maior de lucidez. Com meu coração de mãe e professora, recordo-os, por fim, de que o olhar da Mãe Santíssima e de Nosso Senhor Jesus, bem como, acima de tudo, a presença de Deus em toda parte, acompanham e velam as vidas de todos, e de que, com a percepção consciente deste grande fenômeno, mais somos impregnados pela Graça Divina. Desejo transformar, assim, nossa despedida numa exortação a que percebamos conscientemente a presença d’Ele-Ela... Imaginemos isso: todos nós imersos no oceano da Infinita Bondade de Deus... Jamais estamos realmente isolados, sozinhos, desamparados, e, dentro desta circunstância fabulosa, permitamo-nos ser impregnados por este amor magnífico, tornando-nos, destarte, unos com Ele-Ela, a fim de que nos capacitemos aos vôos espetaculares que nossos espíritos tanto anseiam por desferir, rumo ao infinito. Muito agradecida pelo ensejo que se me ofereceu à fala mais direta com os amigos, despeço-me, de fato, deixando-lhes meu ósculo maternal.Mãe em Cristo, de todos, Eugênia.(*) Guia espiritual de Chico Xavier.

Plantas que curam

 Eu tenho sempre um grande interesse nas plantas medicinais, e faço uso delas, no meu dia a dia, elas fazem bem para mim, contudo todos prec...